Este desenho, feito de carvão, em cor perdeu-se todo meu amor...Um dia, espero, possa atender batida alta, e nas pontas dos pés, reescrever num abraço, minhas linhas tortas:
(enquanto este não chega, regalo-te com um poema, assim, repentino como tudo aquilo que surge do vento)
♥
Era só o eco fugidío eco
Era só um téco
do meu corpo
do meu peito
do meu téco
Era só uma vez que era
e o que fora, espera fora pra
fora de toda a casa e
fora
pra fora de mim
Pleiteei um sonho
breve
gritei teu nome
e o escrevi no gelo
como tal
minha história ruída
como tal
o meu copo roto
e o vinho tombado
pressagiando que um dia
um dia haveria de chegar um dia
Tranquei-me então no banheiro
num zelo quase
matuto
e rabisquei algo na pele
em pêlo
mas pelo que sei
o tempo tratou de apagar cedo
tão cedo eu pudesse acordar!
(por Dominique Seraut)
Nenhum comentário:
Postar um comentário