quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Contradição

Isto aqui era para ser um blog objetivo.
Mas as coisas nem sempre funcionam como gostaríamos!
Se eu fosse outra coisa que não eu, seria uma ostra.
Nem sempre, ou melhor, quase nunca me sinto a vontade com outras pessoas.
Às vezes, estou mais só no meio de muitos do que entre o nada do tempo.

Entre todos os sentimentos de natureza humana, o pior pra mim é a piedade...
Como não quero que sintam a tal dó de mim, não gosto de sentir por ninguém
e, de repente, me vejo aqui...com pena de mim por não ter pena de sentir pena de um certo alguém...

Você, a personagem gorda da felicidade clandestina da Clarice Lispector,
conseguiu, pela primeira vez, mudar alguma coisa em mim ...
Minhas congratulações.
Sinto-me um lixo
Sinto-me pior do que um lixo
Pois me igualei a você: com um pretenso e falso desejo de superioridade estou nadando no que é medíocre...

Não me ressabio pelas suas perversões superficiais, pois
nunca precisei de rota traçada para caminhar
Só do vento pra correr
Opiniões acerca das minhas características físicas, nunca me incomodoram, pois sou o que sou e adoro ser assim.
Elogios, os dispenso...pq só são dados àqueles que não oferecem nenhum risco:
Os de ego grande, os de inteligência escassa.
Nobreza de espírito é inversamente proporcional a tudo que é de natureza do ego!
Portanto, me fortaleço na busca pelo self...e traço vários auto-retratos, e os fito, mesmo que este fito seja uma dor que só.

Peço-lhe, encarecidamente, que suma das minhas vistas
a uma distância impossível, para além do alcance da luz!
Que, ao me ver passar...incline-se e suma
Em suma: que sejas feliz e acorde tranquilo...evitando ruídos passíveis de serem escutados por esta que aqui escreve.l

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